quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Saudades apenas.



Sinto saudade de tudo que marcou minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando esculto uma voz, quando me lembro do passado eu sinto saudades. Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoa com quem não mais falei ou cruzei. Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do segundo, do terceiro, do penúltimo e do que tenho. Sinto falta do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro. Sinto saudades do futuro que se idealizado, provavelmente não será do jeito que penso que vai ser. Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!. De quem disse que viria, e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter aportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não despedi direito! Daquele que não tiveram como dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de coisa que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas serias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências. Sinto saudades do cachorrinho que tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer! Sinto saudades da coisas que vivi e das que dexei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que, não sei onde, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é, e nem onde perdi. Eu acredito que um simples '' I miss you '' ou seja lá como possamos traduzir saudades em outra língua, nunca terá a mesma força e significado que a nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimentos de coisas ou pessoas queriadas. E é por isso que eu tenho mais saudades. Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes, em que sinto esse aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor que um sinal vital quando se quer falar de vida e sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis! De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência.
                                          C.L (Elis Daiane)